Post by DeK on Mar 27, 2014 23:50:03 GMT -3
Lançado em 18 de março de 2013, Metal Gear V: Ground Zeroes é a primeira parte de Metal Gear V, sendo a última denominada The Phantom Pain.
O jogo se passa em 1975, um ano após os eventos de Peace Walker. Por este motivo, àqueles que forem jogar indico jogarem antes o Peace Walker, mesmo o Ground Zeroes
oferecendo uma boa retrospectiva do Peace Walker pelas fitas cassetes que podem ser ouvidas.
O que muda:
O jogo é marcado por mudanças pequenas tanto na jogabilidade quanto no jogo em si: o ator David Hayter, que interpretou e dublou Naked e Solid Snake, sai e Kiefer Sutherland (Jack Bauer, do seriado 24 horas) entra, sendo esta uma das mudanças mais importantes na minha opinião. Maaaaas a droga da voz dele e a do Kaz são muito parecidas, causando uma bela de uma confusão.
• No more countdown
O famoso cronômetro que indicava o tempo de estado de atenção/cautela dos inimigos é abandonado, cabendo dessa vez ao jogador ficar atento às conversas e ao rádio dos inimigos para ver se a área está limpa ou não. Esse elemento é um dos que menos faz falta, de verdade...
• No more radar
O radar como conhecemos nos outros MGs é abandonado. Na verdade, ele é substituído por um radar “na própria tela” ou acessado pelo Start. “Como assim?” Você me pergunta. Eu respondo: os inimigos podem ser “marcados” enquanto você foca a mira neles (tanto por binóculo quanto por mira da arma). Deste modo, eles são sempre mostrados in game. É uma boa substituição do radar, eu acho. Na imagem abaixo, os dois soldados estão marcados.
• Reflexo
Uma nova ferramenta foi incrementada: Reflexo. Ela consiste em um slow motion quando você é identificado pelo inimigo, dando tempo para que você o neutralize. Esse elemento é inédito na série e com certeza deixa mais fáceis as coisas. Maaaas antes de falar mais alguma coisa, como qualquer elemento novo, ele pode ser tirado do jogo pelo menu Options, então fica a critério do jogador mantê-lo ou não.
• LEGENDAS EM PT-BR
Depois de muuuuito tempo, foram adicionadas legendas em PT-BR! São muito bem feitas, havendo somente erros de formatação aqui e acolá, não sendo um fator que incomode...
Agora ao jogo
• Gráficos
A Fox Engine se mostrou muito boa, os gráficos do jogo são excelentes e possui boa fluidez. Há queda de textura quando a câmera se aproxima demais do personagem, o que também é visto no Castlevania: Lords of Shadow 2, levando a crer que seja “culpa” da nova engine.
Os efeitos luminosos também se mostraram muito bem feitos, nada do que reclamar.
• O Mundo Aberto
A proposta do jogo, como dito pelo Kojima 499 vezes, é ser mundo aberto, dando a liberdade para o jogador terminar suas missões de diversas maneiras. Tanques, carros, armas anti-aéreas estão ao seu alcance a quase todo o momento do jogo.
O mapa do jogo não é muito grande, o que diminui a grandeza do fator “mundo aberto”, mas nem por isso deixa de ser divertido explorá-lo e brincar com as mecânicas oferecidas pelo jogo.
• Resgate de soldados continua
Foi no Peace Walker que se iniciou o resgate e recrutamento de soldados para a Mother Base, sendo este elemento mantido no Ground Zeroes. Só que agora, ao invés de equipar o soldado com um balão ultra-mega-legal, você tem que levar o soldado a ser recrutado/ resgatado a um ponto em que o helicóptero possa pousar em segurança. Recrutar soldados inimigos o auxiliará oferecendo informações importantes para se completar os extras que o jogo oferece.
• Porque iPhone é para os fracos!
Ao se acessar o menu start é aberto o seu iDroid, no qual é mostrado o mapa-radar, informações das missões, fitas cassetes que podem ser ouvidas, etc. O mapa é mostrado em tempo real, e todos os inimigos que você marcou serão mostrados no mapa. Consequentemente o menu start não é uma pausa do jogo.
• Classificação por Ranking
O jogo é moldado por missões, nas quais há obviamente uma pontuação que resultará no seu ranking. Quanto maior o ranking, maior a bonificação ganha ao final de cada uma.
• Jogo curto??? Depende de você!
Agora vamos a parte mais polêmica: o tempo de jogo. Mas antes, lembrem-se de todos os jogos de mundo aberto que você jogou e pense quanto tempo você gasta com a mainquest e quanto você gasta com as sidequests: quase que o dobro uma da outra, não é? Com o Ground Zeroes não é diferente. A missão principal é curta, eu mesmo demorei 2h30 para terminá-la (no caso da imagem acima, 2h), mas tem vídeos no youtube de 30min, enquanto que as missões secundárias, no meu caso, duraram 2h30 também, isso porque eu as conclui realizando somente a missão, nada de exploração e extras.
No final das contas, estou com 21% do jogo e 5h. Para mim, que não sou muuuuito fã de exploração, o jogo é curto sim, mas para aqueles que gostam desse fator, o jogo com certeza não será curto para você.
Ainda no mesmo assunto, vale ressaltar que o jogo NÃO é demo! Creio que uma melhor definição para ele seja PRÓLOGO. Digo isso porque todo jogo demo possui pelo menos 80% de seu tempo presente no jogo original. Não é esse o caso: MG V: Ground Zeroes não estará presente no The Phantom Pain (ao menos em primeiro momento, talvez em um futuro bundle), ou melhor dizendo, o começo de Phantom Pain não será o Ground Zeroes, mas começará a partir dos eventos mostrados em Ground Zeroes, o que reforça a classificação de Ground Zeroes como um PRÓLOGO, sendo um jogo que possui sua própria identidade.
Mas aí você me pergunta: onde já se viu um prólogo ser vendido separadamente do produto final? Pois é, eu também nunca vi, mas foi isso que ocorreu...Sou totalmente contra esse tipo de posição, independentemente do preço desse prólogo. Talvez a Konami tenha agido por pressão de acionistas e/ou ganância, ou até mesmo para receber a crítica dos fãs sobre a nova mecânica do jogo, vai saber...
• Metal Gear ainda é Metal Gear
Mesmo com todas as discussões acerca do jogo, Metal Gear continua sendo Metal Gear! Ele é um dos poucos jogos que continuam mantendo sua identidade independente das novas tecnologias inerentes aos vídeo games.
Às minhas notas:
Gráficos: 9.5/10
Fox Engine se mostrou muito boa, mas ainda faltam ajustes que evitem a queda de textura.
Sons: 9.5/10
Não há as trilhas mais clássicas de MG/MGS, mas nem por isso a trilha sonora caiu em qualidade! A dublagem continua perfeita.
Jogabilidade: 10/10
Fluidez é a palavra chave! Os comandos são bem familiares àqueles que já acompanham a franquia, não havendo problemas nesse quesito.
Diversão: 10/10
Porque sair de um helicóptero atirando em todo mundo é muito legal! E sair com tanque de guerra atropelando todo mundo é muito muito mais legal!
História: 9.0/10
Como eu disse, acho que o jogo se enquadra mais em um prólogo, e por isso não apresenta um enredo completo.
Fator Replay: 10/10
Pelo fato de ser mundo aberto e ter muitas coisas extras a serem exploradas, o fator replay é elevado ao cosmos.
Dificuldade: 8-10/10
Tem nível Normal e Hard, além das novas mecânicas que podem ser retiradas, dificultando assim o jogo.