Post by Deleted on Feb 27, 2015 20:42:50 GMT -3
Fechei o game esses dias e gostei muito do que vi, aqui vai o meu review.
O que impressiona mesmo são os gráficos, não apenas pela tecnologia e sim pelo nível de acabamento absurdo, tudo que é objeto do game possui uma modelagem impecável, e o mais legal é poder interagir com muitos desses itens lembrando o clássico shenmue do dreamcast que até então não houve uma experiência similar no mercado após 15 anos se passado.
Outra grande característica é o cenário do game que faz o jogador definitivamente viajar no tempo como se fosse um museu interativo, o game pesquisou muito bem as edificações, os interiores e figurinos da Inglaterra do século 19 mostrando perfeitamente como eram os vestidos, os itens e objetos tecnológicos da época como as ruas, as casas, os hospitais, as mansões, enfim um verdadeiro passeio virtual que poderia até ser lecionado nas escolas se não fosse pela violência do game.
Na parte gráfica o game apesar de tecnologicamente absurdo ganha muito mais destaque pelas referências históricas que ilustram aqueles belos cenários e objetos. Se fosse mais um game retratando uma guerra moderna ou um apocalipse zumbi pra mim passaria batido, é muito comum no mercado e não traria o mesmo impacto.
A jogabilidade não conta com grandes inovações mas é bastante competente, segue aquele estilo muito praticado no mercado do personagem caminhar mais realista e devagar que consequentemente deteriora a jogabilidade trazendo más resposta aos controles, mas em The Order 1886 tudo funciona muito bem, quando se quer abrigar atrás das paredes e se proteger dos tiros por exemplo não se encontra falhas e tudo responde muito bem, o game realmente passa a impressão de um controle total ao seu personagens.
Nos momentos stealths também se sai muito competente, tudo com o menor uso de comandos possíveis, e gostei muito de poder agarrar os inimigos através de "timing" e não um simples apertar de um botão, tornou a experiência mais profunda e simples sem complicar e não descartando o desafio limitando a visão dos inimigos como erroneamente havia feito em Watch Dogs.
Sobre os polêmicos quick time events ? Pra mim o game se saiu bem e até surpreendeu em certas partes. No começo do game os QTE dão impressão de mesmice pois pessoalmente estou saturado disso, mas com o tempo vai se mostrando seu diferencial como o uso de focos e o bem vindo "timing" (tipo cobrar penalti nos games de futebol), que dá um maior desafio e profundidade nesses eventos. As lutas contra aqueles grandes lycans são fantásticas fazendo uso bem criativo de ação com QTE, o pessoal aqui de casa parou para ver essas minhas intensas lutas contra essas criaturas pelo visual surpreendente e criatividade da cena.
Entretanto poderia haver uma diversidade maior de comandos nos QTE que não fosse apenas os habituais botões e direcionais do dualshock, o uso do touchpad e sensor de movimentos por exemplo foram ignorados que são vistos em games como Infamous SS e Last of Us Remaster em algumas de suas cenas. Pra mim realmente ficou devendo isso e traria uma riqueza maior nesses momentos, no inicio do jogo deixa a impressão de repetição.
O gameplay do jogo é bastante divertido e me prendeu bem até o final, e apesar de ser mais um mata-mata atira-e-esconde do mercado, o design das fases ficaram bem feitas e diversificados nos momentos de tiroteio que evita aquela repetição típica dos jogos do gênero. Os controles que respondem muito bem nos covers, os comandos eficientes e simplificados, e a rudimentaridade das armas da época com alto recuo nos disparos ajudam a contemplar bem a experiência sem se tornar muito banal. As armas fantasiosas da tecnologia da época são bem legais e diversificadas, ajuda mais ainda no gameplay.
Fica devendo mesmo a falta de cenários mais destrutíveis durantes esses momentos, não são muitas coisas que realmente possam ser destruídos e quebrados na troca de tiros. Isso fica de lição para as continuações.
O game também ficou devendo mais lutas contra os lycans menores que são apenas em poucos momentos, são legais e apreensivas mas poderia haver uma diversidade maior de comandos, poderia ser mais algo como Shadow Mordor.
Já o enredo eu gostei bastante, achei bem direcionado e os personagens se destacam bastante pelo carisma, e falo mais pelos coadjuvantes mesmo. Não achei que há muitas cenas de filmes como andam comentando, achei bem normal da média do mercado que vem apostando bastante nisso e muitas vezes trazendo enredos sonolentos e chatos, também não sou muito a favor disso se não trouxer um enredo que faça a diferença, mas em The Order acabei gostando muito do que eu vi.
Embora que aquele final realmente foi frustante por ter se encerado no meio do climax da história, deixando pontas soltas e conclusões para as continuações, mas não achei de todo ruim embora que foi uma maneira meio forçada para alimentar as expectativas dos próximos games.
Dos personagens os melhores considero o Marquis de Lafayette, antes um suposto personagem mulherengo caricato de desenho animado para uma grande atuação e carisma, e aquela índia com rosto e cabelos lindos que aparece nas jogadas mais avançadas, uma mulher muito forte e carismática, e também é legal ver uma beleza feminina de etnia exótica pouco explorada nos games, gosto muitos dessas tipos de mulheres. A Lady Igraine que ficou devendo, mesmo ela integrando a coalizão dos cavaleiros com Galahad, o protagonista. A personagem possui pouco desenvolvimento no game e não teve nenhuma atuação de destaque comparado aos personagens citados antes.
De resumo, o game se destaca mais na parte visual que impressiona mais pelas referências históricas de altíssima qualidade como também na jogabilidade com excelentes controles e buscando a máxima simplificação possível sem perder a profundidade, é de se elogiar isso a um mercado cada vez mais perdido com excesso de comandos e arvores de skills que tornam a experiência mais burocrática e desanimadora dos games modernos.
Peguei o game esperando apenas uma mera experiência visual como o padrão dos games ocidentais carregado de seus muitos defeitos, sequer criei um grande hype por esse jogo, mas ao invés de desligar o console em seguida, acabei me surpreendendo e me prendendo bastante pelo gameplay divertido e competente além de uma boa história pra contar, portanto dou...
NOTA: 09/10
Prós:
- Um dos mais impressionantes gráficos já vistos com muitas referências históricas, o principal diferencial.
- Excelente jogabilidade para o padrão bem realista do mercado. Gameplay no geral bastaste sólido.
- Excelente simplificação e eficiência dos controles, assume-se o controle total do personagem, seja nos tiroteios e nos stealths.
- Momentos de investigação, são bem feitas e ajudam a dar variedade no gameplay
- Bom desafio
- História muito boa e bem conduzida.
- Personagens no geral bastante carismáticos.
- Impressionante luta contra os chefões, pra parar o pessoal de casa.
- Lindas mulheres exóticas, as índias...
Contra:
- Poderia haver mais momentos de steaths e principalmente lutas contra os lycans.
- Falta cenários mais destrutíveis.
- mata-mata
- Final inconclusivo e frustante, que deixa pontas soltas para as continuações.
Aqui fica umas screens que tirei da minha jogada.
O que impressiona mesmo são os gráficos, não apenas pela tecnologia e sim pelo nível de acabamento absurdo, tudo que é objeto do game possui uma modelagem impecável, e o mais legal é poder interagir com muitos desses itens lembrando o clássico shenmue do dreamcast que até então não houve uma experiência similar no mercado após 15 anos se passado.
Outra grande característica é o cenário do game que faz o jogador definitivamente viajar no tempo como se fosse um museu interativo, o game pesquisou muito bem as edificações, os interiores e figurinos da Inglaterra do século 19 mostrando perfeitamente como eram os vestidos, os itens e objetos tecnológicos da época como as ruas, as casas, os hospitais, as mansões, enfim um verdadeiro passeio virtual que poderia até ser lecionado nas escolas se não fosse pela violência do game.
Na parte gráfica o game apesar de tecnologicamente absurdo ganha muito mais destaque pelas referências históricas que ilustram aqueles belos cenários e objetos. Se fosse mais um game retratando uma guerra moderna ou um apocalipse zumbi pra mim passaria batido, é muito comum no mercado e não traria o mesmo impacto.
A jogabilidade não conta com grandes inovações mas é bastante competente, segue aquele estilo muito praticado no mercado do personagem caminhar mais realista e devagar que consequentemente deteriora a jogabilidade trazendo más resposta aos controles, mas em The Order 1886 tudo funciona muito bem, quando se quer abrigar atrás das paredes e se proteger dos tiros por exemplo não se encontra falhas e tudo responde muito bem, o game realmente passa a impressão de um controle total ao seu personagens.
Nos momentos stealths também se sai muito competente, tudo com o menor uso de comandos possíveis, e gostei muito de poder agarrar os inimigos através de "timing" e não um simples apertar de um botão, tornou a experiência mais profunda e simples sem complicar e não descartando o desafio limitando a visão dos inimigos como erroneamente havia feito em Watch Dogs.
Sobre os polêmicos quick time events ? Pra mim o game se saiu bem e até surpreendeu em certas partes. No começo do game os QTE dão impressão de mesmice pois pessoalmente estou saturado disso, mas com o tempo vai se mostrando seu diferencial como o uso de focos e o bem vindo "timing" (tipo cobrar penalti nos games de futebol), que dá um maior desafio e profundidade nesses eventos. As lutas contra aqueles grandes lycans são fantásticas fazendo uso bem criativo de ação com QTE, o pessoal aqui de casa parou para ver essas minhas intensas lutas contra essas criaturas pelo visual surpreendente e criatividade da cena.
Entretanto poderia haver uma diversidade maior de comandos nos QTE que não fosse apenas os habituais botões e direcionais do dualshock, o uso do touchpad e sensor de movimentos por exemplo foram ignorados que são vistos em games como Infamous SS e Last of Us Remaster em algumas de suas cenas. Pra mim realmente ficou devendo isso e traria uma riqueza maior nesses momentos, no inicio do jogo deixa a impressão de repetição.
O gameplay do jogo é bastante divertido e me prendeu bem até o final, e apesar de ser mais um mata-mata atira-e-esconde do mercado, o design das fases ficaram bem feitas e diversificados nos momentos de tiroteio que evita aquela repetição típica dos jogos do gênero. Os controles que respondem muito bem nos covers, os comandos eficientes e simplificados, e a rudimentaridade das armas da época com alto recuo nos disparos ajudam a contemplar bem a experiência sem se tornar muito banal. As armas fantasiosas da tecnologia da época são bem legais e diversificadas, ajuda mais ainda no gameplay.
Fica devendo mesmo a falta de cenários mais destrutíveis durantes esses momentos, não são muitas coisas que realmente possam ser destruídos e quebrados na troca de tiros. Isso fica de lição para as continuações.
O game também ficou devendo mais lutas contra os lycans menores que são apenas em poucos momentos, são legais e apreensivas mas poderia haver uma diversidade maior de comandos, poderia ser mais algo como Shadow Mordor.
Já o enredo eu gostei bastante, achei bem direcionado e os personagens se destacam bastante pelo carisma, e falo mais pelos coadjuvantes mesmo. Não achei que há muitas cenas de filmes como andam comentando, achei bem normal da média do mercado que vem apostando bastante nisso e muitas vezes trazendo enredos sonolentos e chatos, também não sou muito a favor disso se não trouxer um enredo que faça a diferença, mas em The Order acabei gostando muito do que eu vi.
Embora que aquele final realmente foi frustante por ter se encerado no meio do climax da história, deixando pontas soltas e conclusões para as continuações, mas não achei de todo ruim embora que foi uma maneira meio forçada para alimentar as expectativas dos próximos games.
Dos personagens os melhores considero o Marquis de Lafayette, antes um suposto personagem mulherengo caricato de desenho animado para uma grande atuação e carisma, e aquela índia com rosto e cabelos lindos que aparece nas jogadas mais avançadas, uma mulher muito forte e carismática, e também é legal ver uma beleza feminina de etnia exótica pouco explorada nos games, gosto muitos dessas tipos de mulheres. A Lady Igraine que ficou devendo, mesmo ela integrando a coalizão dos cavaleiros com Galahad, o protagonista. A personagem possui pouco desenvolvimento no game e não teve nenhuma atuação de destaque comparado aos personagens citados antes.
De resumo, o game se destaca mais na parte visual que impressiona mais pelas referências históricas de altíssima qualidade como também na jogabilidade com excelentes controles e buscando a máxima simplificação possível sem perder a profundidade, é de se elogiar isso a um mercado cada vez mais perdido com excesso de comandos e arvores de skills que tornam a experiência mais burocrática e desanimadora dos games modernos.
Peguei o game esperando apenas uma mera experiência visual como o padrão dos games ocidentais carregado de seus muitos defeitos, sequer criei um grande hype por esse jogo, mas ao invés de desligar o console em seguida, acabei me surpreendendo e me prendendo bastante pelo gameplay divertido e competente além de uma boa história pra contar, portanto dou...
NOTA: 09/10
Prós:
- Um dos mais impressionantes gráficos já vistos com muitas referências históricas, o principal diferencial.
- Excelente jogabilidade para o padrão bem realista do mercado. Gameplay no geral bastaste sólido.
- Excelente simplificação e eficiência dos controles, assume-se o controle total do personagem, seja nos tiroteios e nos stealths.
- Momentos de investigação, são bem feitas e ajudam a dar variedade no gameplay
- Bom desafio
- História muito boa e bem conduzida.
- Personagens no geral bastante carismáticos.
- Impressionante luta contra os chefões, pra parar o pessoal de casa.
- Lindas mulheres exóticas, as índias...
Contra:
- Poderia haver mais momentos de steaths e principalmente lutas contra os lycans.
- Falta cenários mais destrutíveis.
- mata-mata
- Final inconclusivo e frustante, que deixa pontas soltas para as continuações.
Aqui fica umas screens que tirei da minha jogada.