Post by DeK on Oct 3, 2014 0:29:42 GMT -3
Aêêêê, minha segunda review! :dancing:Prometo ser mais detalhista do que quando fiz a review do Metal Gear Solid V: Ground Zeroes. Pois bem, aos negócios!
Capa do jogo
Shadow Hearts I foi produzido pela Sacnoth e publicado pela Midway Games nas Américas e Europa em 2001. Ele é uma sequência do jogo Koudelka (PSX).
Shadow Hearts é uma série que consiste de 3 jogos: Shadow Hearts I, Shadow Hearts II – Covenant e Shadow Hearts III – From the New World, sendo que Shadow Hearts I acontece antes de Shadow Hearts II, e Shadow Hearts III tem um enredo mais independente, mas com as mesmas mecânicas características da série.
Aqui farei a review do primeiro Shadow Hearts.
CONTEXTO DO JOGO
O jogo se passa em um mundo semelhante ao nosso, com o adendo de existir magia, demônios e longevidade elevada. O ano em que o jogo se inicia é 1913, no mesmo contexto histórico do nosso mundo (contexto de pré-Primeira Guerra Mundial), cujo qual não é usado com grande importância, mas serve de background.
A primeira parte do jogo acontece na Ásia, na região de Shanghai. A segunda parte acontece na Europa.
ENREDO
O jogo se apresenta com o relato da morte de um padre (Morris Elliot) e o sumiço de sua filha (Alice Elliot, uma garota de grandes poderes). Em seguida, o jogo te leva um mês após o ocorrido, no qual o enredo começa com o clichê mais batido do mundo dos videogames: salvar a donzela em perigo (mais especificamente de um sequestro), mas o porquê de salvá-la e protege-la não o é: você a salva pois uma voz em sua cabeça o ordena. A partir daí, seu objetivo é proteger a garota (Alice Elliot) de ser sequestrada e de que os inimigos não usem os poderes dela para o mal. No decorrer do jogo você descobre as circunstâncias da morte de Morris Elliot, de onde vem a voz na cabeça do “cavaleiro-de-armadura-brilhante” Yuri Hyuga e o que querem exatamente com Alice (plot principal).
Outros clichês aparecem no jogo, mas eles são desenvolvidos de um modo que o jogador não os perceba como um ponto negativo, desenvolvendo-se bem com o enredo, que por sua vez é linear, mas fica longe de ser ruim.
Como plot secundário configuram-se o passado de Yuri e do restante dos personagens, além da relação destes. Porém somente os personagens principais (aqueles de constante recorrência no enredo) contam com background decente, sendo que os demais têm um background fraco e/ou mal explicado. Os plots secundários são melhor detalhados por sidequests, que por sua vez podem ser perdidas de acordo com o que você responde, faz, pega ou deixa de fazer ou pegar.
O jogo conta com dois finais: um bom e um ruim (ah vá!). O final bom é adquirido ao se concluir uma sidequest antes da dungeon final, e o final ruim acontece se você não concluir essa sidequest (hoje sou o rei das deduções óbvias )
A conexão desse jogo com Koudelka se baseia no uso dos personagens deste, como a protagonista de Koudelka (Koudelka Iasant), que tem pouca mas importante participação no enredo principal de Shadow Hearts, e o sequestrador (Roger Bacon), que é o inimigo número 1 de Shadow Hearts I.
GAMEPLAY E GRÁFICOS
Não esperem nada surpreendente nestes dois quesitos, visto a época em que o jogo foi lançado (transição de plataformas).
Os gráficos consistem de uma mecânica semelhante à utilizada nos Resident Evil de PSX: um background em “foto”, enquanto o personagem o explora em 3D, onde até os itens espalhados pelo chão tem o brilho característico daquela série.
Há uma falha grave para aqueles que gostam de exploração: as cidades são pequenas, com poucas pessoas para interagir. Contudo, a exploração existe e consiste da busca de itens escondidos em áreas que você acha que não tem acesso (cidade e dungeons), checagem de itens valiosos obtidos e extras, como o Lottery Ticket (uma loteria que usa o Judgment Ring – explicado mais a frente) e o pedômetro (a quantia dos seus passos em dungeons podem ser trocados por itens). As dungeons, por sua vez, são maiores que as cidades e contém, em sua grande maioria, puzzles interessantes e de média dificuldade. O worldmap também não colabora com o fator exploração, já que é em 2D.
Nota: Geralmente reviews não possuem uma sessão para sistema de batalha, mas creio ser necessária pois a marca registrada de Shadow Hearts se encontra aqui
O jogo tem sistema de batalha por turnos. Quem conhece Final Fantasy está bem familiarizado com o sistema, mas explicarei mesmo assim: a batalha permite até três aliados presentes, cada qual com sua chance de realizar Ataque, Defesa, golpe especial característico de cada personagem, uso de itens ou mudança de posição na batalha (frente ou retaguarda). O que permite realizar estas ações é uma ferramenta característica da série: O Judgement Ring.
Judgement Ring
Trata-se de um círculo com uma agulha que gira no sentido horário, iniciando da posição de 12h. Ele permite a ação do personagem (ataque, magia e uso de itens). Para o ataque, por exemplo, o círculo possuirá áreas em laranja e em vermelho. Ao acertar as áreas laranja ou vermelha o personagem realizará hits correspondentes ao número de acertos. O primeiro hit é sempre o mais fácil de acertar e é o que tira mais HP do inimigo. Cada ataque permite 3 hits: caso você acertar os dois primeiros e errar o terceiro, seu personagem atacará com dois hits, e se não acertar o primeiro, a agulha para de rodar e seu personagem não atacará. Ao acertar as áreas em vermelho haverá um aumento no dano de 10-20% em cada hit.
Ao acertar as regiões em laranja aparecerá um “Good!”, e ao acertar consecutivamente as áreas em vermelho aparecerá um “Nice!”, “Cool!” e “Perfect!” caso acerte um, dois ou três hits, respectivamente. Para os curiosos e perfeccionistas, o jogo mantém registrado o número de "Good!", "Nice!", "Cool!" e "Perfect!" e "Miss!", além de outros parâmetros do jogo, como número de fugas.
Para magias e itens o principio é o mesmo, mas um pouco diferente: em magias é obrigatório acertar de 2-4 hits para usá-la, enquanto itens só um hit basta.
O Judgement Ring não é usado somente em batalha, mas também em outras ações fora de batalhas, como destrancar portas, remover coisas pesadas de lugar, entre outras ações.
Esta imagem é de Shadow Hearts II, mas o princípio do Judgement Ring no Shadow Hearts I é o mesmo. No caso da figura, a agulha está embaixo, perto de onde está escrito "Good!!".
Um dos maiores problemas que encontrei no esquema de batalha é a repetitividade causada principalmente pela falta de magias para os personagens, que tem no máximo 7 magias, ficando com 4 magias na média para cada personagem durante o jogo, visto que a maioria das magias são obtidas depois de altos níveis.
Um fator que leva ponto positivo para mim é a battle encounter rate (taxa de encontro de monstros) baixa, permitindo uma boa exploração antes de uma batalha te desconcentrar.
TRILHA SONORA
A trilha sonora não tem muita coisa de marcante, mas também não é das piores. Tendem a combinar muito bem com o momento do jogo: momentos de tensão têm músicas tensas e momentos descontraídos músicas descontraídas. A mais marcante é a dos mestres.
CONCLUSÕES E NOTAS
Shadow Hearts I tem a essência dos RPGs clássicos, tem um enredo agradável de se acompanhar, uma jogabilidade divertida, principalmente por causa do Judgement Ring, e rápido, com média de 22h de jogo e 28h para terminá-lo com todas as sidequests. Contudo, garanto-lhes que o Shadow Hearts II é uma evolução positiva em todos os aspectos descritos aqui.
Enredo: 8,5/10 - enredo divertido de acompanhar, com nada de grandioso e/ou marcante. A grossíssimo modo, um clichê de salvar a donzela em perigo, só que bem desenvolvido.
Gráficos e Gameplay: 7/10. Semelhante ao de Resident Evil de PSX (cenário em "foto" e movimentação do personagem em 3D). Poderia ser melhor, mesmo se considerarmos que ele é da época de transição de geração.
Trilha sonora: 8,5 /10 - As músicas presentes não são superbas, mas também não incomodam. Combinam bem com a situação.
Dificuldade: 6 / 10 – O que torna o jogo difícil é o seu costume com o Judgment Ring: se você não erra muito, vai tudo muito bem. O problema é que tem dias que você acorda bem animado e dá “Perfect” em tudo, mas tem dia que você mal acerta um “Good” XD
Replayability: 4/10 – Ao meu ver só vale o replay para aqueles que gostam de colecionar as coisas e completar 100%, já que o jogo não oferece quaisquer conteúdo pós-game.
Fica o convite pro pessoal que jogou comentar sobre o jogo! Se esqueci de comentar alguma coisa importante, se concordam ou discordam da nota, essas coisas XD dingoegret e Ultima Weapon
Fontes acessadas em 02/10/2014:
*todas as imagens
*https://shadowhearts.wikia.com/wiki/Shadow_Hearts
Capa do jogo
Shadow Hearts é uma série que consiste de 3 jogos: Shadow Hearts I, Shadow Hearts II – Covenant e Shadow Hearts III – From the New World, sendo que Shadow Hearts I acontece antes de Shadow Hearts II, e Shadow Hearts III tem um enredo mais independente, mas com as mesmas mecânicas características da série.
Aqui farei a review do primeiro Shadow Hearts.
CONTEXTO DO JOGO
O jogo se passa em um mundo semelhante ao nosso, com o adendo de existir magia, demônios e longevidade elevada. O ano em que o jogo se inicia é 1913, no mesmo contexto histórico do nosso mundo (contexto de pré-Primeira Guerra Mundial), cujo qual não é usado com grande importância, mas serve de background.
A primeira parte do jogo acontece na Ásia, na região de Shanghai. A segunda parte acontece na Europa.
ENREDO
O jogo se apresenta com o relato da morte de um padre (Morris Elliot) e o sumiço de sua filha (Alice Elliot, uma garota de grandes poderes). Em seguida, o jogo te leva um mês após o ocorrido, no qual o enredo começa com o clichê mais batido do mundo dos videogames: salvar a donzela em perigo (mais especificamente de um sequestro), mas o porquê de salvá-la e protege-la não o é: você a salva pois uma voz em sua cabeça o ordena. A partir daí, seu objetivo é proteger a garota (Alice Elliot) de ser sequestrada e de que os inimigos não usem os poderes dela para o mal. No decorrer do jogo você descobre as circunstâncias da morte de Morris Elliot, de onde vem a voz na cabeça do “cavaleiro-de-armadura-brilhante” Yuri Hyuga e o que querem exatamente com Alice (plot principal).
Outros clichês aparecem no jogo, mas eles são desenvolvidos de um modo que o jogador não os perceba como um ponto negativo, desenvolvendo-se bem com o enredo, que por sua vez é linear, mas fica longe de ser ruim.
Como plot secundário configuram-se o passado de Yuri e do restante dos personagens, além da relação destes. Porém somente os personagens principais (aqueles de constante recorrência no enredo) contam com background decente, sendo que os demais têm um background fraco e/ou mal explicado. Os plots secundários são melhor detalhados por sidequests, que por sua vez podem ser perdidas de acordo com o que você responde, faz, pega ou deixa de fazer ou pegar.
O jogo conta com dois finais: um bom e um ruim (ah vá!). O final bom é adquirido ao se concluir uma sidequest antes da dungeon final, e o final ruim acontece se você não concluir essa sidequest (hoje sou o rei das deduções óbvias )
A conexão desse jogo com Koudelka se baseia no uso dos personagens deste, como a protagonista de Koudelka (Koudelka Iasant), que tem pouca mas importante participação no enredo principal de Shadow Hearts, e o sequestrador (Roger Bacon), que é o inimigo número 1 de Shadow Hearts I.
GAMEPLAY E GRÁFICOS
Não esperem nada surpreendente nestes dois quesitos, visto a época em que o jogo foi lançado (transição de plataformas).
Os gráficos consistem de uma mecânica semelhante à utilizada nos Resident Evil de PSX: um background em “foto”, enquanto o personagem o explora em 3D, onde até os itens espalhados pelo chão tem o brilho característico daquela série.
Imagem do cenário ingame.
Há CGs no decorrer do jogo, mas não são tão caprichadas e detalhadas, sendo de um nível até pior que as CGs dos Final Fantasies de PSX.Qualidade da CG presente no jogo.
Em relação ao gameplay, o jogo mantém constante um ambiente escuro, semelhante ao de qualquer jogo de survivor horror. A movimentação dos personagens é fluida e eles têm um jeito peculiar/engraçado de andar. Aliás, a comédia é constante no jogo, seja por gestos ou por conversa dos personagens. O Yuri é o mais fanfarrão, sem sombra de dúvidas.Há uma falha grave para aqueles que gostam de exploração: as cidades são pequenas, com poucas pessoas para interagir. Contudo, a exploração existe e consiste da busca de itens escondidos em áreas que você acha que não tem acesso (cidade e dungeons), checagem de itens valiosos obtidos e extras, como o Lottery Ticket (uma loteria que usa o Judgment Ring – explicado mais a frente) e o pedômetro (a quantia dos seus passos em dungeons podem ser trocados por itens). As dungeons, por sua vez, são maiores que as cidades e contém, em sua grande maioria, puzzles interessantes e de média dificuldade. O worldmap também não colabora com o fator exploração, já que é em 2D.
Imagem do World Map de Shadow Hearts I. Infelizmente não encontrei uma imagem com melhor resolução :/
SISTEMA DE BATALHANota: Geralmente reviews não possuem uma sessão para sistema de batalha, mas creio ser necessária pois a marca registrada de Shadow Hearts se encontra aqui
O jogo tem sistema de batalha por turnos. Quem conhece Final Fantasy está bem familiarizado com o sistema, mas explicarei mesmo assim: a batalha permite até três aliados presentes, cada qual com sua chance de realizar Ataque, Defesa, golpe especial característico de cada personagem, uso de itens ou mudança de posição na batalha (frente ou retaguarda). O que permite realizar estas ações é uma ferramenta característica da série: O Judgement Ring.
Judgement Ring
Trata-se de um círculo com uma agulha que gira no sentido horário, iniciando da posição de 12h. Ele permite a ação do personagem (ataque, magia e uso de itens). Para o ataque, por exemplo, o círculo possuirá áreas em laranja e em vermelho. Ao acertar as áreas laranja ou vermelha o personagem realizará hits correspondentes ao número de acertos. O primeiro hit é sempre o mais fácil de acertar e é o que tira mais HP do inimigo. Cada ataque permite 3 hits: caso você acertar os dois primeiros e errar o terceiro, seu personagem atacará com dois hits, e se não acertar o primeiro, a agulha para de rodar e seu personagem não atacará. Ao acertar as áreas em vermelho haverá um aumento no dano de 10-20% em cada hit.
Ao acertar as regiões em laranja aparecerá um “Good!”, e ao acertar consecutivamente as áreas em vermelho aparecerá um “Nice!”, “Cool!” e “Perfect!” caso acerte um, dois ou três hits, respectivamente. Para os curiosos e perfeccionistas, o jogo mantém registrado o número de "Good!", "Nice!", "Cool!" e "Perfect!" e "Miss!", além de outros parâmetros do jogo, como número de fugas.
Para magias e itens o principio é o mesmo, mas um pouco diferente: em magias é obrigatório acertar de 2-4 hits para usá-la, enquanto itens só um hit basta.
O Judgement Ring não é usado somente em batalha, mas também em outras ações fora de batalhas, como destrancar portas, remover coisas pesadas de lugar, entre outras ações.
Esta imagem é de Shadow Hearts II, mas o princípio do Judgement Ring no Shadow Hearts I é o mesmo. No caso da figura, a agulha está embaixo, perto de onde está escrito "Good!!".
Um fator que leva ponto positivo para mim é a battle encounter rate (taxa de encontro de monstros) baixa, permitindo uma boa exploração antes de uma batalha te desconcentrar.
TRILHA SONORA
A trilha sonora não tem muita coisa de marcante, mas também não é das piores. Tendem a combinar muito bem com o momento do jogo: momentos de tensão têm músicas tensas e momentos descontraídos músicas descontraídas. A mais marcante é a dos mestres.
CONCLUSÕES E NOTAS
Shadow Hearts I tem a essência dos RPGs clássicos, tem um enredo agradável de se acompanhar, uma jogabilidade divertida, principalmente por causa do Judgement Ring, e rápido, com média de 22h de jogo e 28h para terminá-lo com todas as sidequests. Contudo, garanto-lhes que o Shadow Hearts II é uma evolução positiva em todos os aspectos descritos aqui.
Enredo: 8,5/10 - enredo divertido de acompanhar, com nada de grandioso e/ou marcante. A grossíssimo modo, um clichê de salvar a donzela em perigo, só que bem desenvolvido.
Gráficos e Gameplay: 7/10. Semelhante ao de Resident Evil de PSX (cenário em "foto" e movimentação do personagem em 3D). Poderia ser melhor, mesmo se considerarmos que ele é da época de transição de geração.
Trilha sonora: 8,5 /10 - As músicas presentes não são superbas, mas também não incomodam. Combinam bem com a situação.
Dificuldade: 6 / 10 – O que torna o jogo difícil é o seu costume com o Judgment Ring: se você não erra muito, vai tudo muito bem. O problema é que tem dias que você acorda bem animado e dá “Perfect” em tudo, mas tem dia que você mal acerta um “Good” XD
Replayability: 4/10 – Ao meu ver só vale o replay para aqueles que gostam de colecionar as coisas e completar 100%, já que o jogo não oferece quaisquer conteúdo pós-game.
Fica o convite pro pessoal que jogou comentar sobre o jogo! Se esqueci de comentar alguma coisa importante, se concordam ou discordam da nota, essas coisas XD dingoegret e Ultima Weapon
Fontes acessadas em 02/10/2014:
*todas as imagens
*https://shadowhearts.wikia.com/wiki/Shadow_Hearts