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Post by Deleted on Jun 11, 2014 9:41:57 GMT -3
Fica registrado meus parabéns também hawk666! Gostei bastante do artigo, e concordo com muitas das suas opiniões. Particularmente acho que as CGs tem que ser aproveitadas no in-game, e não somente no pré-game: elas ajudam a aumentar o hype, e muitas vezes dão explicações prévias do enredo que ficariam "chatas" e/ou mal exploradas se fossem em texto (vide CG inicial do Xenogears), mas estão sendo super-utilizadas, servindo praticamente para mostrar um potencial que às vezes o próprio console não tem poderio para manter. Maaas como estamos em outros tempos, com certeza isso tem um impacto no quanto vão investir em um projeto: mostraram a cg na E3 -> tem muitas pessoas comentando positivamente -> vamos investir mais no projeto e ( talvez) mostrar o gameplay na próxima E3/evento de jogo qualquer. O algoritmo é simples e deve ser praticamente isso que eles usam, já que o investimento para se criarem os jogos de hoje em dia são bem grandes (li que a activision gastou quase 500 milhões no destiny...a cifra deve chegar bem próxima a isso nos jogos da atual geração - ps4 e Xone). Eu creio tanto nesse ponto de vista que quando eu vi o anúncio do novo Zelda, com o produtor (?) do jogo falando, eu subentendi, em todo o início e fim de frase dele, a seguinte expressão "a nossa ideia para o jogo é... vcs apoiam?", "queremos fazer isso... o que vcs acham?" Tanto que eles nem mostraram gameplay, e o jogo tem lançamento previsto para 2015, provavelmente depois da E3 do ano que vem, na qual aí sim eles vão mostrar o gameplay (aposto 3 rapaduras nisso, alguém se arrisca?). Pegando um exemplo muito bom dessa E3: batman - arkham knight. Mostraram uma CG bem introdutória e depois partiram para o gameplay, mostrando o que o jogo tinha de novo (batmóvel jogável) e o que mantinha da franquia. Essa sim foi uma apresentação bem trabalhada e que deveria ser padrão nessas exposições! Obrigado Dek! Essa idéia de escalas de desenvolvimento é, até certo ponto, válida, quando pegamos para exemplo as franquias já estabelecidads, tipo...Uncharted. Não teve gameplay, mas você já está ciente de que vai ter muito tiroteio, escaladas e tesouros escondidos. Ok. Mas e jogos novos? Aí a coisa muda...a curiosidade despertada em um público quando vê 5 minutos de gameplay de um jogo sendo produzido e quando vê 5 minutos de CG aleatório é completamente diferente. No primeiro você tem a curiosidade de ver mais, se vai melhorar, se vai ter mais mecânicas; no segundo você tem a curiosidade de saber do que se trata. Para um gamer, qual fica mais preso na cabeça? Pois é... O caso do Zelda acho que foi a parte. O Aonuma não foi lá na frente mostrar a CG e ir embora, ele descreveu a estrutura do jogo e mostrou a parte visual, que já estava estabelecida. Diferente de Bloodborne, que não falaram nada, não se sabe que gênero é, se é open world, se é online, nada. Se a idéia é "pedir aprovação do povo começando pela CG", o Aonuma foi o único de anos de E3 que fez da forma correta. Do Batman foi excelente porque ele não deixou de mostrar o gameplay por conta de ceninha. É esse o ponto: Se tiver gameplay (decente né, porque aquele do The Order foi vomitável), não há problema nenhum em ter CG.
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Post by Akiha on Jun 11, 2014 12:08:35 GMT -3
Isso tudo é culpa dessa nova geração na qual temos até jogos que são totalmente para se assistir apertando um botão ou outro para prosseguir. CGs, jogos bonitos, gráficos, cenários enormes são sinônimos de superioridade, é isso que as pessoas de hoje em dia gostam, é isso que eles vão mostrar, é isso que vai gerar o lucro desejado. Eu mais do que concordo com você hawk que o que mais importa em um jogo é justamente o gameplay e a diversão que ele proporciona, se eu quero assistir um filme eu vou em um cinema ou alugo um e vejo, não em um jogo. Claro que é interessante ver cenas bonitas durante minha jogatina, eu até gosto como a Akiha comentou algumas são marcantes e dão aquele ar de satisfação como você comentou dos jogos antigos, mas não acho que seja algo tão essencial, porque jogos que investem muito nisso acabam não tendo os verdadeiros valores que um jogo deveria receber. Interessante que agora você me fez pensar num ponto que não tinha parado para pensar ainda, hoje em dia as pessoas não estão mais jogando rpgs pelo simples fato de "serem divertidos", hoje tem que ter um mundo aberto, tem que não ser linear, tem que ter gráficos de ponta, tem que ser para os aparelhos mais potentes do mercado, tem que ter as melhores dublagens, quando me peguei ontem a noite no Atelier Eschatology, e vi um jogo simplório mas bem divertido, foi que vi o quanto essas coisas são fúteis... é legal ter um mundo aberto e grande, é legal também ter escolhas, mas ora bolas, parece que essas pessoas não jogaram Final Fantasy IV, VII,VIII, IX, não jogaram Chrono Trigger, Valkyrie Profile, que começaram as vidas e seu primeiro rpg foi Skyrim, esse sentimento de "grandeza", "super produções", não quer dizer nada no fim das contas. mas acho que aos poucos isso está mudando, por exemplo Drakengard 3 está a quase 1 mês no top 10 da gamefaqs,e isso é completamente surpreendente.
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Post by DeK on Jun 11, 2014 13:37:55 GMT -3
Obrigado Dek! Essa idéia de escalas de desenvolvimento é, até certo ponto, válida, quando pegamos para exemplo as franquias já estabelecidads, tipo...Uncharted. Não teve gameplay, mas você já está ciente de que vai ter muito tiroteio, escaladas e tesouros escondidos. Ok. Mas e jogos novos? Aí a coisa muda...a curiosidade despertada em um público quando vê 5 minutos de gameplay de um jogo sendo produzido e quando vê 5 minutos de CG aleatório é completamente diferente. No primeiro você tem a curiosidade de ver mais, se vai melhorar, se vai ter mais mecânicas; no segundo você tem a curiosidade de saber do que se trata. Para um gamer, qual fica mais preso na cabeça? Pois é... O caso do Zelda acho que foi a parte. O Aonuma não foi lá na frente mostrar a CG e ir embora, ele descreveu a estrutura do jogo e mostrou a parte visual, que já estava estabelecida. Diferente de Bloodborne, que não falaram nada, não se sabe que gênero é, se é open world, se é online, nada. Se a idéia é "pedir aprovação do povo começando pela CG", o Aonuma foi o único de anos de E3 que fez da forma correta. Do Batman foi excelente porque ele não deixou de mostrar o gameplay por conta de ceninha. É esse o ponto: Se tiver gameplay (decente né, porque aquele do The Order foi vomitável), não há problema nenhum em ter CG. De nada É engraçado que eles raramente usam os dois ao mesmo tempo (CG e gameplay), sendo que essa seria a forma mais eficiente de chamar a atenção. Sobre o Zelda, eu fiquei realmente na dúvida: será que eles já desenvolveram certa parte do jogo, ou fizeram o que eu pensei "vamos falar o que queremos colocar no jogo"? Pareceu mesmo que eles já estão desenvolvendo o jogo nas características descritas no video (embora elas sejam um pouco genéricas), mas falar é uma coisa, ter feito é outra...
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Post by Krodierk on Jun 11, 2014 21:04:29 GMT -3
Cara. O problema é que os produtores de jogos pegaram uma síndrome de inovadores do futuro e toda essa merda, e basicamente estão não somente querendo reinventar a roda, mas fazer um trambolho mágico com luzes de neon e pisca-piscas, enquanto na verdade a porra de uma roda vai sempre ser uma RODA, e nós vamos precisar de RODAS até que um dia os paradigmas do transporte ou da movimentação do ser humano mude e nós aprendamos a voar, teletransportar ou algo assim.
Os criadores inventaram de tentar agregar toda essa bagagem de que "um jogo é algo mais do que um jogo" e no processo se esqueceram que um jogo precisa ser um JOGO. A maior parte desses caras simplesmente enlouqueceram, tipo a Square que virou uma empresa absolutamente incapaz de criar algo novo sem criar um CARNAVAL no processo. A modinha é tentar falar que jogo é arte, jogo é isso, jogo é aquilo, e tentar ficar agregando valor de diferentes formas.
Não é que alguns jogos não tenham conseguido fazer isso (pois conseguiram), mas no processo de criação parece que a maior parte se esqueceu do núcleo do gameplay e ficou tentando enfiar penduricalhos. Não vou dicursar muito sobre isso, pois acho que todo mundo já deve ter percebido de uma forma ou outra.
Os jogos de hoje em dia são propagandeados quase sempre como AQUILO que vai redefinir o gênero, Unchartes e Final Fantasys da vida, seja porque tem uma arte, visual, gimmick, ou value de gameplay a mais, mas quantas vezes eu, ou vocês já não pegaram para jogar e falaram "Ok. É só um jogo."? Porra, acho que qualquer um já deve ter percebido. Joga Dark Souls. Joga Bravely Default. Joga um Megaman da vida (digo, um Mighty 9, pois megaman foi jogado na lixeira), ou esses jogos de aspecto retrô que tem sido tanto divulgados em kickstarter. Fazem sucesso pois apesar dos apesares os criadores resolveram investir em desafio, mecânicas, linhas de jogatina que desde os anos 80/90 agradavam todo mundo. Compara com essas surpreproduções de hoje e você vê a diferença.
Não estou falando que os jogos de hoje sejam todos ruins, mas se você perceber em varios é um negócio proporcional que é PROPOSITAL. Os caras investem em gráficos/arte/gimmicks/fanservice e o gameplay fica aquelas coisas que eles esperam que você como jogador fale "Ah, mas é que em o resto da "experiência/fanservice/gimmick", então tudo bem". Tudo em nome da "experiência".
Vale o mesmo para todas essas formas novas de interação, óculos Rift, Nunchuck do Wii, movimento do Dual shock e o escambau. Os caras inventam uma forma de interação nova, mas o jogo deixou de ser um jogo? Não. Só porque a forma de interação quer dizer que o conceito de jogar mudou? Não. Até com todas essas tecnologias, invenções novas, eu ainda não vi todas essas novas formas de jogar realmente sendo... acolhidas por completo (?), razão pela qual ainda estamos no joystick até hoje.
Olha, enfim, eu falei muita bosta (tomei breja depois do trampo hoje, me perdoem). Mas acho que o principal é o seguinte: Os videogames ainda não foram redefinidos e nem o cerne que os torna divertidos, mesmo com todo esse avanço das tecnologias e das gerações. A interacão, pelo menos do modo que vejo tá sendo usada mais é como um modo de vender para outros tipos de público. Mas se existe UMA coisa que evoluiu e evoluiu muito nos últimos anos foram os gráficos, que em 20 anos deram um salto que é o mesmo de estarmos vivendo em um renascença das possibilidades audiovisuais no mundo digital, e isso TODO MUNDO percebeu de alguma forma. E o lance é esse meu amigo. Ser humano é 90% visão. O ser humano que apreciava a beleza 2000 anos atrás, ainda aprecia a beleza hoje. Ponto. Foda-se. The end. Os criadores vão investir na CG pois é o que chama atenção. Visual, beleza, vão ser sempre a serpente que seduz todo mundo. Não falo só de jogos, falo pra tudo. Ë por isso que existe tanta modelo e gente futil que se ergue na vida por este modo, tanto produto de merda (camisa, tenis, caneta, óculos, sei lá o que mais) que se vende por visual e por pretensão de ter design arrojado. (e cujo custo para criar foi 10 cents)
O problema é que todo esse apelo visual está sendo usado de uma forma a tentar convencer de que criaram algo diferente nos jogos, e NÃO ESTÃO, mas usam isso como justificativa para não desenvolverem todo o resto, e isso é visivel para qualquer um que tenha jogado uns 15~20 anos atrás videogame, na época em que se jogava pela interação e pelo desafio, e não pelo visual.
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Post by Deleted on Jun 14, 2014 18:52:30 GMT -3
Krod como sempre mitando em seus comentários. Assino embaixo.
Akiha, concordo quanto a isso, mas alguns elementos, principalmente em JRPGs, são completamente entendíveis da galera cobrar, como um jogo ser Open world ou ter uma boa história. Tudo depende da proposta da produtora.
O que não dá pra engolir é essa galera que liga pra coisas realmente fúteis como direção de arte e gráficos. Já vi fãs de RPG dispensarem a série Kiseki pela "arte anime" ou "gráficos de PS2", isso sim é realmente triste.
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Post by Gigahero on Jun 14, 2014 19:13:07 GMT -3
Minha filosofia em relação a gráfico e arte é considerar como um fator de inclusão, nunca fator de exclusão
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Post by djcoston on Jun 15, 2014 18:55:27 GMT -3
Engraçado quando falam que não jogam certos jogos por ter "traços de anime", mas jogavam trocentos jogos antigos assim (isso se jogavam, porque nova geração, nasceu banhado a leite e tal)... tudo influência, mais alienado que isso impossível!
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