Post by luxetumbra on Jun 4, 2017 15:50:57 GMT -3
NOME DO JOGO: | The Witcher |
PLATAFORMA: | PC |
DESENVOLVEDORA: | CD Projekt Red |
ANO DE LANÇAMENTO: | 2007 |
GÊNERO: | RPG, Aventura |
SITE OFICIAL: | www.thewitcher.com/ |
Introdução
Lançado em 2007 pela desenvolvedora polonesa CD Projekt Red, The Witcher ganhou atenção pela qualidade da narrativa e ambientação adaptada das histórias de Geralt de Rivia, escritas pelo também polonês Andrzej Sapkowski. O jogo foi desenvolvido utilizando a Aurora Engine, a mesma utilizada na criação de Neverwinter Nights, porém muito modificada. As modificações melhoraram muito a engine, melhorando a parte de iluminação, adicionando carregamento dinâmico de terrenos e objetos, que era muito restrito na versão original da Bioware, suporte a textura de alta resolução, entre vários outros detalhes melhorados.
Enredo e ambientação
A narrativa do jogo gira em torno de Geralt de Rivia, um Witcher, uma pessoa especializada em matar monstros em troca de dinheiro, que tem o domínio sobre uso de poções para aumentar as habilidades. Geralt é famoso, mas um acidente o fez perder a memória, e ele é achado perto de Kaer Morhen, resgatado por um grupo de Witchers e pela feiticeira Triss Merigold no início do jogo. Há uma guerra em Temeria, onde um grupo cujo líder não é conhecido tenta acabar com os Witchers. Não só eles, mas qualquer outra raça são preconceituadas por boa parte da população humana do jogo, como anões e elfos. Várias decisões poderão ser tomadas, que alteram muito o andamento do jogo, não sendo algo simplificado bem x mal, pois há vários dilemas em certas partes que caberá ao jogador decidir por onde seguir. Uma decisão em especial vai ser crucial, mais ao fim do jogo. Essas decisões podem ser usadas como entrada para o The Witcher 2, onde é possível utilizar os saves do primeiro jogo.
A ambientação do jogo é sem igual, com toque da excepcional trilha sonora, que é perfeita para se encaixar no jogo sempre. As músicas são ao estilo folclórico europeu, a exceção das partes de ação. Tenho que ressaltar a trilha sonora, é uma das melhores (senão a melhor) que já ouvi em um jogo. A arte está presente em todos locais, seja nas localidades onde se passa o jogo, como a bela região das Águas Turvas (Murky Waters), posters encontrados no jogo (em alta resolução) ou nas telas de carregamento do jogo.
Para contar mais algumas histórias, há vários livros que podem ser adquiridos ou comprados de vendedores. Além da história principal há muitas sub-quests. De demandas de ajudar alguém a eliminação de monstros. Algumas requerem um conhecimento especial sobre certos monstros, para extrair partes específicas deles (que podem além das quests servir como ingredientes para criação de poções). Nas ruas há shows de grupos cantando, assim como nos bares, tudo criando uma ambientação única. Cada local é diferente do outro no jogo (cada capítulo se passa em um local, sendo que certos locais não poderão ser revisitados ao acabar tal capítulo, em especial os dois primeiros. Há também várias mulheres no jogo com que Geralt pode se relacionar, onde o jogador pode colecionar cartas de cada mulher com quem Geralt transa no jogo.
Há um bem feito ciclo de passar do tempo no jogo, com as horas passando, assim como as pessoas alterando sua rotina conforme a hora do dia, onde trabalham, comem, dormen, conversam, xingam, mijam, etc. O jogo conta com alguns mini-games, como de luta um-contra-um (um estilo de boxe primitivo) e poker medieval, ambos boas fontes de dinheiro.
Jogabilidade e elementos criativos
Os movimentos de combate foram criados com técnica de mapeamento do real para o jogo, onde teve a pré-aquisição dos movimentos capturados por vídeo. O sistema funciona pelo método apontar-e-clicar, diferente do The Witcher 2 que é em tempo real. Há 2 armas principais, a espada de aço, para luta contra humanos (elfos e anões também), e a espada de prata, que serve para lutar contra monstros. Há três estilos de combate, cada um com seu propósito: um estilo para luta contra inimigos fortes, um para rápidos, e outro para um grupo grande de inimigos. Combos podem ser feitos ao clicar no momento certo no fim dos golpes. São três estilos de câmera, duas onde o jogo é visto de cima (mais ao estilo do Neverwinter Nights) e a OST, que é similar a câmera de The Witcher 2. Particularmente, muitos detalhes deixarão de ser vistos se o jogador não usar a câmera OST, que é a mais recomendada.
Alquimia é um ponto essencial no jogo, onde é praticamente impossível não utilizar para sobreviver. As poções podem ser feitas achando-se ingredientes (vastos em todos os cantos) e unindo-os, conforme fórmulas que podem ser encontradas ou compradas. Um ingrediente de base deve ser misturado a outros ingredientes para criar a poção. Exemplo de efeitos de poções úteis podem ser a de dar a habilidade de enxergar no escuro (essencial em certas partes), ou restaurar a vitalidade gradativamente (não há restauração imediata, como em outros jogos).
Ainda tem as magias, adquiridas após achar certos pedestais e aprendê-las.
O jogo apresenta uma grande diversidade para evolução de Geralt, podendo evoluir muitos atributos, como aprimorar uma certa forma de combate, certo tipo de magia.
Minha análise
Enfim, esse é um dos melhores não apenas RPGs que já joguei, mas jogo, independente de estilo. Não diria que o jogo é 100% um RPG, mas é um grande jogo de aventura. Sou fã da CD Projekt. Uma empresa iniciante na época do lançamento, e que hoje conta com apenas 2 jogos feitos, mas é uma das principais desenvolvedoras do estilo, criando não jogos genéricos sem vida, mas jogos onde cada detalhe é importante. Além disso tem o fato da política DRM-livre que difunde, vista na GOG, sua loja virtual de distribuição dos próprios jogos e outros de outras desenvolvedoras.
Nota Final: 9,8 / 10
Um leve desconto pelo sistema de combate, se fosse ao estilo do The Witcher 2, o jogo ganharia nota 10.
Postado originalmente em Wavegamer.