Phantasy Star IV: The End of the Millennium (Genesis)
Jun 3, 2016 10:41:06 GMT -3
djcoston and luxetumbra like this
Post by Possêidon on Jun 3, 2016 10:41:06 GMT -3
Phantástico.
Desculpas pelo trocadilho, mas foi exatamente essa a sensação que Phantasy Star IV: The End of the Millennium me causou. Já joguei todos os Phantasy Star, tendo zerado apenas o primeiro e agora o último desta tetralogia. E o que dizer dessa experiência?
Phantasy Star IV começa um pouco fraco, é dado um pequeno ar de mistério, mas é inegável como a coisa vai esquentando à medida que vamos jogando o jogo (e como).
Primeiro vamos aos pontos que posso exaltar fervorosamente do game, elencando um a um:
1) Sistema de Macros: sim, certamente o ponto alto das batalhas do game junto à dificuldade e estratégias nas batalhas. Sabe aquela chatice de enfrentar os inimigos comuns e sempre ter que escolher Attack para cada um de seus personagens? Isso não acontece aqui. Apenas customize ataque para todos os personagens no primeiro Macro e voá-la, vai te economizar um tempo precioso. Quer deixar o Macro reservado apenas com os melhores golpes? Faça-o para os chefes. Obviamente que não é toda vez que você vai ter que usar os Macros, e nem é obrigado. Em lutas intensas é recomendável batalhar escolhendo cada detalhe importante no momento, então nessa hora os Macros são deixados um pouco de lado. Com Macros o jogador pode criar até oito esquemas diferentes, cada um determinando a ordem e os ataques de cada personagem (total de cinco) por turno. Praticamente um Gambit primitivo. Mas é inegável que em uma época onde controles gerenciadores de AI como os de Final Fantasy XII, que até um Final Fantasy não conseguiu incutir essa idéia totalmente, infelizmente tem dificuldade de ser implantados por outros jogos, por melhor arquitetados que sejam. E mais incrível ainda é que eles fizeram isso para um JRPG (termo inexistente na época. Ah, bons tempos) de Mega Drive em 1994! Infelizmente, nem sempre boas implementações são difundidas bastante. E esse é o caso aqui.
2) As cut-scenes em padrão cinematográfico/HQ: num momento em que praticamente todos os JRPGs da época apresentavam suas cenas dentro dos próprios jogos, Phantasy Star IV ousou ousar: você pode não gostar talvez da falta de cores e perfeição dessas cenas, mas é inegável que quanto mais você progride no jogo, mais você se apaixona por elas. Dão muita imersão e certamente davam ainda mais na época. São excelentes.
3) Importante, não abra a aba se você nunca jogou o jogo.
Alys morre (e é uma das protagonistas). Isso antes de Aerith, mas não é igual Galuf ou outros personagens de Final Fantasy antes do VII, nesse caso é notadamente triste, e você realmente se importa.
. Esse momento só engrandece ainda mais o jogo. E por sorte eu não sabia disso! Não fui spoileado, não sei como (ainda bem). 4) Viajem por diversos planetas: pra quem jogou o primeiro parece algo normal. E é. Mas isso ajuda a manter o jogo vivo. Já imaginou andar só pelo planeta desértico?
5) Inimigos e personagem animados durante as batalhas: mais uma vez algo que vence JRPGs como um Final Fantasy para SNES, por exemplo, onde no máximo os inimigos davam uma brilhada no momento de desferir o comando. Os inimigos são animados logo no primeiro instante. E também tem outras animações quando executam seus ataques. Além disso, você vê seus personagens de costa e as animações de magias/ataques são ótimas.
6) Batalhas realmente rápidas e boas: seguindo a fama do Mega Drive, por tudo que falei e mais um pouco, as batalhas são realmente rápidas e boas. Batalhas simples, lentas e demoradas de alguns JRPGs da época era um problema e isso não acontece aqui.
7) Humor e carisma imensos: acha que só Final Fantasy tem um humor adorável? Está muito enganado. Não que Phantasy Star IV seja um circo, pois não é, mas assim como os Final Fantasy de SNES, ele tem aqueles deliciosos momentos bem humorados entre os personagens ou com conversas com NPCs. Agora imagine como isso é ampliado com as cut-scenes em forma cinemática. Queria outro motivo para elogiá-las? Ai está outro.
8) Os personagens são ótimos e a tradução é excelente, superior as traduções oficiais da Square de seus jogos para SNES na época.
9) Dificuldade: ainda bem que o jogo apresenta DESAFIO. Isso pode separar um jogo empolgante de um não em termos jogabilisticos.
10) Existe a Hunter’s Guild que fornece algumas sidequests, assim como os Macros, esse ponto faz lembrar também Final Fantasy XII (e isso é bom, pelo menos nesses aspectos).
11) Sistemas de Combos: são quando certas techs/skills, se usadas numa determinada ordem, criam magias novas, fazendo uma combinação. O problema é que a ordem de todos em batalha, incluindo inimigos, é determinada pela agilidade de cada um. Então, se a ordem determinar que um monstro entre na ordem entre dois ou mais personagens que faziam parte do combo, a magia não acontecerá. Por isso os Macros ajudam muito, permitindo determinar a ordem de todos os cinco personagens em sequência. Alguns combos podem ser bem fortes e ajudar muito em chefes.
Esses são os pontos fortes? E os médios e fracos?
Sobre os médios, posso citar a OST. Não é ruim, tem composições ótimas, mas não se destaca tanto. Nesse ponto os JRPGs da Square dão um belo banho em Phantasy Star IV. E um ponto médio, quase fraco, são os gráficos. Acho que dava pra ter dado uma caprichada melhor. Não é algo desesperador e nem porque eu não estou olhando com o olhar da época, mas tem muita coisa mais agradável no Mega. Mas isso realmente é o de menos.
De ruim digo alguns momentos de grind. Infelizmente enche um pouco. E os combos são meio obscuros.
Se eu recomendo Phantasy Star IV? Será que você leu até aqui pra ter dúvidas? É claro que sim. IV compete facilmente com o primeiro como o melhor e mais memorável da série.
Agora quero jogar Phantasy Star II. Não vai ser agora, pois esse é um dos mais burocráticos da série. E logo em seguida tento o III, pra ver se é tão mesmo a ovelha negra da série.