Meu primeiro JRPG zerado do ano: Defenders of Oasis – Game Gear – tempo para ser zerado- 15 horas e 21 minutos.
Bom, o que dizer sobre esse jogo. Basicamente, é muito legal ver quando um jogo vai além da ambientação comum, que é normalmente medieval ou um pouco mais Sci-Fi ou Punk. Esse game tem uma temática baseada na Arábia, tem gênio da lâmpada e tudo. E óbvio, mesmo sendo um jogo de Game Gear, o que não deixa fazer muito em termos gráficos e artísticos, ainda assim é um ponto positivo essa ambientação mais pitoresca e pouco usada.
As músicas são agradáveis, e muitas realmente excelentes, se você não se importar com o estilo técnico 8-Bit. Aqui um vídeo com algumas das melhores:
Tem realmente algumas bem cativantes mesmo. Fico imaginando versões orquestradas que nunca existirão. O próprio nome do vídeo entrega: Underrated Music. Seja por qualquer motivo ser underrated, mas é uma OST muito boa.
No máximo veremos interpretações maravilhosas de fãs como essa:
Sobre o sistema de batalha, se assemelha um pouco com Phantasy Star do Master System. As diferenças são que não há os calabouços em primeira pessoa, em Phantasy você escolhe todos os comandos dos seus personagens de uma única vez, pra serem executados logo em seguida, sem ficar sabendo a ordem de ataque dos companheiros e do inimigo. Em Defenders of Oasis, você pode ter que escolher o comando do gênio da lâmpada, do protagonista ou dos outros dois colegas, e ter que ser interrompido pelo ataque dos inimigos, e depois retomar a ação com algum outro personagem, ou simplesmente escolher o comando de um personagem seu, ele for executado, e ai na vez seguinte volta o comando pra você. Dependendo dos atributos, um mesmo personagem pode executar ações seguidas, mais uma diferença em relação à Phantasy Star. E aqui pode haver vários inimigos na batalha, contra apenas e exclusivamente um em Phantasy Star. Mas a visão de batalha também é em primeira pessoa, além de em certo ponto específico na jornada serem quatro personagens pra controlar. Cada um tendo características bem únicas, como Alis, Myau, Odin e Noah em Phantasy Star. O príncipe de Shanadar seria o guerreiro básico e protagonista como Alis (ambos da realeza. Ele príncipe e ela princesa). O ladrão Agmar é o que tem o golpe físico mais mortal, assim como Odin. Saleem não é tão similar a Myau, mas pode-se dizer que é o braço direito do príncipe assim como o gênio da lâmpada. E finalmente, Genie (ou Gênio da lâmpada) é o único capaz de usar magias devastadoras de ataque, cura e assistência, sendo basicamente o Noah do time (apesar de que em Phantasy Star, Noah não é o único a usar magias).
E o jogo é cruel. Diria que nos momentos finais é até cruel demais (que dungeon final FDP). Sabe aquela situação obrigatória de ter que fugir dos inimigos na última dungeon em Final Fantasy IV Hard Type? O mesmo ocorre aqui. É essencial sempre ter os melhores equipamentos, magias e itens de cura, e mesmo assim continua difícil. Há um momento que você é obrigado a lutar contra quatro inimigos em sequência, e são mais fortes que um chefe comum, haja apelação.
E se prepare para errar muitos ataques: ocorre bastante durante as batalhas.
O jogo é curto, como viram, mas é bem gostoso de jogar, então terminar é uma brisa.
Agora só faltam dois RPGs do Game Gear pra eu zerar, zerei anteriormente Dragon Crystal e agora Defenders of Oasis. Agora me falta Shining Force: Sword of Hajya e Crystal Warriors. Mãos a obra!
--------------
Meu segundo JRPG zerado no ano que se inicia. Dragon Quest I Remake – Versão Android/iOS.
Primeiramente, uma coisa que me surpreendeu logo de cara foi a qualidade da OST. Já falei várias vezes que o meu Top 5 de compositores de games são: Koichi Sugiyama, Nobuo Uematsu, Koji Kondo, Yasunori Mitsuda e David Wise. Mas a briga por qual é o melhor sempre ficou entre Koichi Sugiyama e Nobuo Uematsu. Como diria um amigo que cursou música, quando eu mostrei as composições desses dois titânicos artistas, ele disse que Koichi Sugiyama se assemelharia mais a Mozart, um estilo mais clássico, e Uematsu a um estilo mais revolucionário e amplo, seria Bach. Independente de isso ser uma luta ferrenha, talvez melhor não afirmar o ganhador, ou melhor, apenas fazer essa pequena divisão. Ah, e qual seria Beethoven? Sei lá, talvez Kojo Kondo pra completar o Top 3.
Mas a música do World Map desse jogo é uma coisa de outro mundo, assim como todas as composições. Não confirmei, mas as músicas aqui são orquestradas, só não sei se são os álbuns Symphonic Suites regidos pelo próprio Koichi Sugiyama. Enfim, sem me estender mais: OST incrível e grandiosa. A música em questão é a seguinte, é a versão Anniversary de Wii, mas é a mesma:
Esse é o primeiro game da série (duh!), mas algo que me impressionou muito é que dentro da trilogia Roto (I, II e III) eu gostei muito mais desse I do que do III. Eu já vi muitas opiniões assim também, mas sempre achava estranho alguém dizer isso. Até este momento.
A aventura em Dragon Quest I é muito mais direta ao ponto, e é algo que talvez nunca mais vejamos na série. Fazendo algo inédito, logo no primeiro jogo, e morrendo também no primeiro jogo. Porque basicamente aqui nós controlamos apenas um personagem, sempre enfrentando um inimigo na batalha, e tudo muito direto ao ponto. Uma verdadeira jornada épica de capa e espada de um homem só.
Lembrando que ainda não joguei o II decentemente, apenas bastante o III, mas no III já era vários aventureiros, vários inimigos na batalha, um mapa colossal e cheio de pormenores que deixavam tudo mais complexo.
Dragon Quest I é básico em sua essência, mas capricha na execução para deixar tudo muito bem feito. OST excelente. Mundo e tempo de jogo pequeno o que faz a jornada ser agradável. Combate direto com você e um inimigo. Cidades pequenas, mas bem construídas e estruturadas. Poucos itens a se carregar, e com a tradição de JRPGs do tempo da onça: sempre equipe os melhores itens possíveis no atual momento.
A dificuldade é moderada, como eu joguei jogos como Phantasy Star I, Final Fantasy I (NES), Final Fantasy IV (Hard Type), Defenders of Oasis e etc. eu realmente achei uma dificuldade normal pra esses jogos mais antigos, mas já vi muita gente falando que é muito difícil, muito provavelmente por não estarem acostumados com essas velharias. Tem algumas sacanagens, como procurar um item no mapa, mas tirando isso: equipe-se sempre com o melhor e tenha um Level adequado e nenhum problema.
A tradução nesse Remake ganhou um Q a mais por traduzirem para um inglês mais arcaico. Apesar de eu não ser fã disso (não sou Norte Americano e muito menos entendedor de inglês arcaico) da uma diferenciada.
Ótimo jogo, entre os titãs da época: Phantasy Star I, Final Fantasy I e Dragon Quest I. Diria que vence Final Fantasy I e compete cabeça a cabeça com Phantasy Star I nessa batalha colossal.
Agora meu Top da série ficou assim, tirando II e VII que pouco joguei: Dragon Quest IV>Dragon Quest VIII>Dragon Quest V> Dragon Quest I>Dragon Quest VI>Dragon Quest III>Dragon Quest IX.
Próximo passo: comprar o Remake de Dragon Quest II. E são baratos, viu. No I gastei menos de sete Reais, e o II se não me engano é menos de 15.