Fechado:
Terminei agora há pouco no Hard Mode, com 58 horas de jogo, no nível 76.
Primeiramente, quero deixar registrado q este é, desde já, o melhor jogo do Playstation Vita pra mim. Ainda tenho muito o q fazer em termos de sidequests e farei uma nova run no Unknown muito em breve, mas só a experiência q já tive até agora foi mais do q suficiente para valer cada centavo que o jogo me custou.
Agora, sem mais delongas, vamos à análise:
Tales of Hearts R é um remake em 3D do action RPG de Nintendo DS lançado alguns anos atrás. Graficamente, ele é um jogo de PS2, o que é bastante aceitável para o potencial do Vita, embora existam exemplos melhores do uso do sistema. Mas visto q gráficos não são o forte da franquia nem mesmo em plataformas caseiras, a escolha por um visual mais simples e limpo caiu bem neste remake. Único detalhe q tenho a criticar é q algumas cutscenes foram diretamente portadas da versão NDS em 4:3, e isso ficou muito, muito feio no Vita, com barras pretas sobrando dos lados. É uma decisão até estranha, visto q existem outras cutscenes no mesmo jogo em formato 16:9. Porém, não há nada a criticar nessas cenas em wide, são todas muito bonitas, se parecendo com um anime bastante bem feito.
Serrilhados se notam aqui e ali, mas num nível aceitável. Texturas estão na média de um jogo da série e a modelagem é boa, com rostos bastante expressivos, física de peitos balançando pra Ines :shifty:, mas acho q o trabalho se destaca mais nas cutscenes em tempo real, todas bastante expressivas e bonitas. Apenas achei q as cidades são mais detalhadas, enquanto o World Map recebe muita textura chapada genérica (isso se nota bem no continente de gelo). Enfim, o visual não impressiona, mas cumpre o papel. A parte legal é mais o design dos personagens, q são todos bem únicos e com aparência bastante cool. Isso vale pros vilões e chefes tbm.
A história desse jogo é bem simples e clichê: basicamente, as pessoas do mundo de Organica possuem dentro de si uma energia chamada Spiria (q é como se fosse a alma do personagem), mas é possível realizar um fenômeno conhecido como Spiria Link, q é invadir a alma da pessoa. Caso alguém invada e destrua o core da alma, a pessoa perde suas emoções e a alma é dividida em vários pedaços. E isso é o q o protagonista Kor faz acidentalmente com Kohaku, a co-protagonista do jogo. O irmão dela, Hisui, fica muito irritado com isso e obriga Kor a partir em uma jornada para recuperar os pedaços da alma da irmã e devolver-lhe as suas emoções. Nisso, descobre-se q criaturas conhecidas como Xeroms estão invadindo a spiria das pessoas, e o grupo passa a fazer spiria links em todos q passam por isso (esse fenômeno é conhecido como despir). Nisso, vc testemunha guerras entre Estado e Igreja, plot twists com pessoas q não prestava atenção revelando ter importância crucial na história e, claro, o típico vilão megalomaníaco q tenta destruir/dominar o mundo.
O lance é q, apesar da temática clichê, Tales sempre se destaca pela forma como desenvolve os personagens e suas relações. Acaba sendo uma jornada muito divertida, pois conhecemos desde as manias de cada um até seus desejos mais profundos, e tudo isso é feito com skits muito bem humoradas e acontecimentos emocionantes. É um jogo com bastante alma e acho q, apesar de certas cafonices (cof cof vc não sabe o q é o amor, Creed cof, cof), tem seus momentos engraçados, bonitos, tristes, de aventura, etc. Pessoalmente, eu curti muito o Hisui, ele tem um tremendo complexo de superproteção com a irmã, e isso gera cenas muito engraçadas o jogo todo. :lol2: A Ines é talvez a personagem q ocidentais mais curtirão, já q é uma mulher mais forte e decidida, esperta e cheias das cartas na manga. Eu gostei muito do desenvolvimento dela, principalmente próximo do final, qdo
seu desejo de ser mãe é realizado.
O Gall me decepcionou um pouco, pois fiquei o jogo todo esperando um background mais interessante dele e, no final, acabou sendo meio apagado. A Beryl me emocionou de verdade, apesar de à primeira vista ser uma personagem irritante. E o Kor é um Asbel com outra skin, sem mais. :lol:
O gameplay de Hearts R é o melhor dos Tales 3D na minha opinião. Pra mim, superou até mesmo Graces F, o q foi uma excelente surpresa, pois não esperava nem de longe isso do jogo. Algumas das melhorias q o jogo trouxe foram:
- Free Run agora não exige apertar nenhum botão, vc pode correr livremente como em Star Ocean;
- Chase Link: este sistema permite q vc se teleporte para onde o inimigo está e o deixe em histun durante um curto tempo, permitindo aumentar os combos, mas pra isso precisa acertá-lo algumas vezes até q a chase marker apareça. É possível fazer muita coisa legal nesse estado, como ativar os cross chases (mini especiais entre personagens), dar break attack (um golpe q permite terminar o chase link qdo quiser), finishing blow (um finisher fodaço q tbm termina o chase link), etc.
- Air Combos: sério, isso é uma delícia nesse jogo. Muito melhor poder ter controle sobre os personagens tanto no chão qto no ar do q ficar restrito só ao chão.
- Mudar personagem sem frescura durante a batalha;
- Dual Mystic Artes: muito show poder criar laços entre os personagens com as skits e os cross chases e depois ver o fruto disso ao ganhar as dual mystic artes em Cindre'lla. É uma forma muito foda de integrar história e gameplay;
- Uso dos títulos: bem simples e sem rodeios, títulos são acessórios nesse jogo, isso estimula a fazer as sides, já q pegar títulos é meio inútil em alguns tales;
- Mystic Artes descomplicadas: seguindo a tradição do Destiny DC, Hearts R tbm deixa vc usar os especiais livremente, sem frescuras do tipo "só pode usar se ativar contador secreto e só funciona de 6 em 6 lutas" (né, Rebirth? <_<)
As sidequests do jogo são bacanas e bem variadas, vc fica conhecendo muito dos personagens acessórios do jogo por elas. Mas sobre isso, ainda terei de me aprofundar mais, pois falta um bocado ainda. Curti a side das Namcoins, do Duck Boat, do King of Birds, Arena e agora farei Triverse Gate.
A OST do jogo é boa. Não é das melhores da série, mas cumpre o papel.
A mecânicas de bonds é interessante, vc tem q estreitar a amizade com os chars pra liberar as Dual Mystic Artes no fim do jogo.
Se tiver algo pra criticar em Hearts R, é a dificuldade baixa da main quest. Só a luta no alto da catedral deu muito trabalho, o resto foi tranquilo (inclusive o boss final, q venci com apenas 3 retries).
Agora farei NG+ no Unknown com todo o prazer e platinarei tbm.
Meus final stats no Hard, quase esqueço de postar:
E meus recordes nesta jogada: