Post by serge on Jun 17, 2017 19:15:58 GMT -3
A transição da era 16-bit para a 32-bits teve como uma das características marcantes a melhoria do poder gráfico dos consoles. Por conta disso, várias franquias receberam novas versões com visual completamente tridimensional, com sucesso e recepção variados. Mega Man, o icônico robô azul da Capcom, manteve-se no mundo 2D até 1997, quando Mega Man Legends foi lançado para PlayStation no Japão (e um ano depois no resto do mundo). O título de aventura 3D, que se passa muitos anos depois de vários outros jogos da série, reimaginou completamente o herói, introduzindo elementos de aventura e RPG.
O explorador de ruínas
O mundo em um futuro distante é bem diferente. Boa parte da superfície terrestre foi coberta por água e a humanidade vive em ilhas. Por conta da pequena extensão de terra disponível no planeta, as pessoas encontraram formas alternativas de gerar energia. A solução foi utilizar refratores, que são cristais deixados por civilizações antigas. Estes artefatos normalmente se encontram em ruínas e cavernas. Por conta disso, apareceram os diggers (ou escavadores), indivíduos que exploram estes locais em busca de refratores de energia.
Mega Man Volnutt é um destes diggers. Ele vive com sua família adotiva, composta de Barrell Caskett e sua neta Roll Caskett, além do pequeno robô Data. O grupo está em busca do Mother Lode, um tesouro lendário que supostamente tem energia suficiente para abastecer todo o mundo sozinho. A aventura deles começa quando o Flutter, a nave voadora do grupo, quebra. Volnutt e seus amigos se encontram presos na ilha Kattelox, pois o local não tem as peças necessárias para concertar a nave. A única solução é explorar as ruínas da ilha com a esperança de encontrar materiais para a construção das peças. Além de ter que lidar com isso, o grupo tem também que repelir os inúmeros ataques da família de piratas aéreos Bonne.
Uma aventura variada
Mega Man Legends é bem diferente de seus predecessores 2D. Enquanto o foco nos títulos clássicos era a ação, aqui o foco é exploração. A principal missão de Volnutt é investigar as ruínas atrás de materiais e tesouros, mas ele também é livre para ir aonde quiser pela ilha. O personagem ainda tem seus movimentos característicos, como atirar e pular, mas de maneira limitada, por ele ser humano. Outra diferença se dá na progressão: as ruínas são repletas de puzzles e não são lineares. Fora das ruínas, é possível visitar lojas, conversar com pessoas e fazer missões paralelas.
O combate de Mega Man Legends utiliza um sistema de trava de câmera, popularizado por The Legend of Zelda: Ocarina of Time (N64,1998). Com um toque de um botão, Volnutt concentrará sua atenção em um único inimigo, sendo possível atacá-lo sem perdê-lo de vista. O personagem usa primariamente a Buster Gun, arma que atira projéteis simples. Conforme avança pelas ruínas, é possível montar armas especiais de efeitos variados. Mega Man Volnutt conta também com um escudo que absorve dano básico e se recupera automaticamente após algum tempo.
Como todo título de aventura com toques de RPG, Mega Man Volnutt torna-se mais forte conforme progride na aventura. Além de receber mais pontos de energia, o herói pode equipar inúmeros itens, como armas, capacetes e melhorias, cada um desses oferecendo vantagens únicas. A Buster Gun, arma principal de Volnutt, pode ser customizada. Vários atributos dela, como força, distância dos projéteis e velocidade de recuperação podem ser alteradas por equipamentos. As armas especiais funcionam de maneira um pouco diferente: Mega Man só pode carregar uma arma especial por vez e só pode trocá-la ao conversar com Roll. Assim como a Buster Gun, as armas especiais também podem ser melhoradas.
O difícil início de uma nova série
Infelizmente Mega Man Legends não foi sucesso de vendas. Keiji Inafune, seu diretor e idealizador, diz que o motivo disso foi o fato do jogo ter sido lançado cedo demais, o que resultou em falta de polimento. Mesmo com esse problema, o título recebeu várias críticas positivas e criou uma legião de fãs. Ele foi portado também para Nintendo 64 e PC, mas estas adaptações foram duramente criticadas por conta da baixa qualidade. O PSP também recebeu uma versão do jogo, mas ela não foi lançada no Ocidente.
A franquia se tornou tão popular que vários outros títulos nesse universo foram produzidos. Personagens como Tron Bonne e Mega Man Volnutt também apareceram em títulos recentes a exemplo de Tatsunoko vs. Capcom: Ultimate All-Stars (Wii), Ultimate Marvel vs. Capcom 3 (PS3/X360) e Project X Zone (3DS)
Curiosidades das versões
N64 diferenças
*A maioria dos objetos que brilham, como Refractors, não olhar brilhante e brilhante e olhar escuro em seu lugar.
*A maioria dos objetos que brilham, como Refractors, não olhar brilhante e brilhante e olhar escuro em seu lugar.
*As vozes foram reduzidas para caber no cartucho. Se você já jogou ZX Advent , você sabe o que quero dizer. Não é tão ruim, mas ainda assim.
*Há controle analógico, no entanto, não é verdade analógico e é basicamente apenas o D-pad em um analógico . É também muito sensível. Eu não tenho certeza se você ainda pode usar o D-pad.
*Suporta o rumble pack apenas quando o mega man leva dano.
*carrega muito mais rápido / salvar rápido e tem 16 slots para save.
*SLOWDOWN. Este é o maior problema. Caixas de texto até mesmo sofrem com slow down as vezes.
*Nenhuma amostra de CD na loja de eletrônicos pode ser ouvida, (devido a limitação do tamanho do cartucho)
*O tema créditos é removido e substituído com o tema do Banco por algum motivo.
*Muito mais nevoeiro. A versão PSX já tem nevoeiro, por isso é mais perceptível aqui.
*Gráficos têm suavização, e há um par de efeitos adicionados. Um dos ataques do chefe final é mais colorido, por exemplo.
Recepção
Desde o seu lançamento, Mega Man Legends tem recebido críticas positivas apesar das versões para Nintendo 64 e PC não tenham sido bem recebidas devido a falta de atualizações gráficas e erros durante o diálogo das personagens. O pulo da versão 2D para a versão em 3D com características de RPG de ação foi bem recebida pela análise crítica. O enredo do jogo foi também bastante elogiado, sendo considerado como "consistente" pelo Game Informer e "cativante" pelo GamePro, o último elogiou também os chefões com um dos melhores de todas as séries.
A versão para Nintendo 64, no entanto, recebeu críticas de Famitsu por ser muito similar a versão para original lançada para PlayStation.[38] IGN comentou que a versão de N64 "foi uma experiência pobre" [45] O site GameSpot considerou ainda que os gráficos estariam ultrapassados, e além de não terem qualquer atualização em relação ao jogo inicial, muitas músicas e sons foram perdidos durante a conversão.[42] A versão para PC recebeu mais críticas negativas; e neste caso GameSpot lhe deu nota 3.6 de 10 afirmando que jogadores iriam apreciar mais a versão original para PlayStation. Similarmente à revisão do Famitsu para a versão Nintendo 64, o GameSpot reclamou da falta de melhoras na versão para PC. As conversões para PC das cut-scenes durante o jogo mostram erros em que a fala dos personagens se sobrepõem durante o diálogo.
Game Rankings tinha uma média de 73.73% para a versão original lançada para PlayStation.[34] As versões de PC e Nintendo 64 tinha médias menores com 33.67% e 63.94%, respectivamente.Metacritic apresentava 59 revisões favoráveis de um total de 100 para a versão de Nintendo 64.
Em 2007 na retrospectiva das séries Mega Man, Jeremy Parish da 1UP.com classificou Mega Man Legends como um jogo que vale a pena, com elogios focados no cenário, enredo, nos diálogos em inglês durante as cut-scenes e nas batalhas com os chefões.[46] GamesRadar compartilhou de opiniões similares, enfatizando que foi uma revisão completa em todos os sentidos."[47] Por outro lado, ScrewAttack colocou Mega Man Legends como quarto colocado no seu artigo intitulado "Top Ten Worst 2D to 3D Games", com críticas focadas no controle do personagem, na câmera, a na voz das personagens principais.[48][49] O design de Mega Man ficou em terceiro lugar no artigo "The 8 Worst Game Character Makeovers Ever" do site GamePro, neste o autor Patrick Shaw comentou que Mega Man não se mostrava amigável sem o capacete clássico.[50] O artigo do site GamesRadar intitulado "Gaming's most absurdly oversized limbs" caracterizou o jogo como portador de ármas desproporcionais em relação à personagem.[51] Em 2008, no artigo de Wesley Fenlon da Joystiq listou Mega Man Legends como um forte candidato para ser convertido para Nintendo Wii, neste artigo o autor foca no controle do console.[52] Em dezembro de 1998, representantes da Capcom afirmaram que Mega Man Legends se tornou um jogo muito popular, e devido a isto, resolveu lançar um jogo derivado, o The Misadventures of Tron Bonne.
Em 2011, no artigo intitulado "Halcyon Days: Mega Man Legends and the Lost Art of Sincerity", Parish faz diversas críticas positivas em relação ao jogo mostrando que apesar das dificuldades em relação ao controle e dos gráficos ultrapassados, mostra um enredo cativante que emociona os jogadores: "Então Legends pode não ser perfeito, no entanto é cativante. E é isto que transcende gerações de jogadores"