Return to PoPoLoCrois: A Story of Seasons Fairytale (3DS)
Jun 3, 2016 10:45:27 GMT -3
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Post by Possêidon on Jun 3, 2016 10:45:27 GMT -3
Return to PoPoLoCrois: A Story of Seasons Fairytale é um JRPG para o Nintendo 3DS. Desenvolvido pela Epics, a equipe responsável por todos os jogos da série ''Popolocrois'', e publicado pela XSEED, empresa famosa por já trazer lançamentos ocidentais dos jogos Story of Seasons, Rune Factory 4 e Lord of Magna, além de ser uma verdadeira mãe e mão na roda por publicar JRPGs de nicho em sistemas como PSP, Vita, 3DS, Wii e por ai vai. Este é o primeiro jogo da série a aparecer no ocidente em quase dez anos.
Situando um pouco para o pessoal que nunca ouviu falar da série, ''Popolocrois'' começou com um jogo para PlayStation 1, mas foi com seu anime de mesmo nome que acabou ganhando inserção no ocidente. Ele foi transmitido no Brasil, tanto no canal CartoonNetwork como na Rede Globo, mas ficou no ar por pouquíssimo tempo. Vários jogos depois e sem receber jogos da série no ocidente por quase dez anos, Return to PoPoLoCrois: A Story of Seasons Fairytale marca o retorno da série tanto por aqui, como no mercado de jogos. Além disso, é bom também informar que houve primariamente o lançamento em Manga da série no fim da década de 70.
Arte do Manga. Como podem ver, Pietro e os outros eram bem diferentes.
Return to Popolocrois: A Story of Seasons Fairytale conta como protagonista o Príncipe Pietro e seus companheiros, e durante o seu aniversário de 13 anos, se depara com uma nova ameaça ao reino de ''Popolocrois''. Assim, Pietro e seus amigos viverão uma árdua jornada, entre dois mundos.
O jogo é um JRPG com batalhas clássicas. Você vai ter o cenário de batalha, cada personagem e inimigo terá como se mover por pequenos quadrados, dependendo de seu status, podendo se mover mais ou menos com isso. Você pode usar ataques especiais que pegam um ou vários ou todos os inimigos, independente de onde você estiver no cenário de batalha. Aos ataques você será dado quadrados vermelhos (os de movimentação são azuis) então esses quadrados vermelhos podem ser abundantes, ou apenas seguindo uma linha reta, pegando um ou poucos inimigos. Enfim, o ataque depende dos quadrados azuis e vermelhos, que determinam até onde você pode chegar, como atacar, quantos inimigos atacar e por ai vai. No geral, as batalhas seguem um padrão de batalhas comum no gênero JRPG, os personagens se movem pelo cenário de batalha, se aproximam dos inimigos e assim os atacam quando chegam ao seu alcance (sendo um ataque simples direto, tendo que ''colar'' neles, ou usando técnicas e dependendo de seu alcance e mobilidade). Alguns personagens têm mais habilidades ofensivas, enquanto outros possuem mais habilidades de cura, mas no geral tudo é equilibrado nesse sentido.
O jogo faz crossover com a série ''Story of Seasons'' mais especificamente a possibilidade de administrar a sua própria fazenda e cortejar novas garotas. No geral, até mais ou menos o início do game, a parte fazendinha é praticamente nula, mas a partir de um momento ela ganha mais espaço, isso é, se o jogador assim o quiser. Quem quiser apenas o gênero JRPG, não terá que gastar seu precioso tempo com aspectos de gestão de fazendas, mas aqueles que quiserem sugar tudo o que o game tem a oferecer, podem gastar horas e horas comprando novos animais, cuidando deles, caçando insetos, minerando rochas, plantando novos vegetais, vendendo tudo isso e assim até completando quests (um meio termo entre as duas coisas que o jogo oferece).
O jogo tem gráficos simplórios, mas realmente muito agradáveis e bons. A trilha sonora em Return to Popolocrois é o trabalho de longa data para a série Popolocrois do compositor Yoshiyuki Sahashi. A música é realmente fantástica, e diferente de trilhas sonoras de JRPGs típicos. É uma mistura de dois estilos gerais: por um lado, há músicas campestres e a música da cidade que leva uma viagem para as Ilhas Britânicas, com suaves melodias Célticas. Algumas usando harpas, bandolim e guitarra escolhidos a dedo. Por outro, a batalha e música de dungeons que reúne funky, riffs de sintetizador eletrônico em um estilo que lembra Phantasy Star Online ou The Denpa Men. Soa como uma amálgama estranha, mas funciona maravilhosamente no contexto e juntamente com algumas melodias de guitarra melancólicas e músicas pastorais para sua fazenda. Apesar de tudo, algumas músicas não são tão marcantes, e é um trabalho mais fraco se comparado a outros jogos da série (de ouvir no Youtube).
Há alguns vídeos (poucos) em estilo anime excelentes. E a partir de um momento você pode se teletransportar para os pontos do mapa, algo muito bom e necessário.
O jogo conta com a dublagem em japonês e inglês, e o idioma do jogo apenas em inglês. Existem três dificuldades, que seriam equivalentes a ''fácil'', ''médio'' e ''difícil'', podendo ajustar a frequência das batalhas separadamente, além da possibilidade de ligar ou desligar o traçado no contorno dos personagens.
E é ai que os problemas começam a surgir: até mesmo na dificuldade mais alta, o game é uma brisa, tendo apenas um ligeiro aumento deste fator logo nos momentos finais, e nesses momentos é até um aumento exagerado. Porque não ser balanceado o jogo inteiro?
Pra piorar, o que acontece na dificuldade mais alta não é realmente aumentar a dificuldade. Mas o fator predominante é aumentar muito o HP dos inimigos, o que faz as batalhas se tornarem muito mais demorados. O jogador acaba por escolher as dificuldades inferiores para dar uma agilizada, e isso mostra uma falha que acaba equivalendo por duas.
Outro problema são as Dungeons que devem ser conquistadas para energizar os flamboyants (lamparinas que devem ser recuperadas para prosseguir na aventura). Além de sempre serem 5 dungeons pra cada flamboyants recuperados, elas são todas iguais, o que acaba torrando a paciência do jogador.
No geral, Return to PoPoLoCrois: A Story of Seasons Fairytale é um ótimo game, com um carisma sem igual, com personagens adoráveis, gráficos agradáveis e boas músicas. Suas falhas acabam sendo compensadas pelas qualidades e é estranho alguém falar que o jogo se perde no meio de simulador de fazenda e JRPG típico. Apesar de o último se destacar bem mais, ambos são ao menos competentes. É uma pena, pois se seus defeitos não existissem, seria um clássico forçudo.
O jogo foi zerado em 20 horas e 47 minutos. Há 7 Chapters e um capítulo pós-game.