Ótimo tópico do link, o cara realmente manja dos conceitos e quotou frases do jogo pra exemplificar, bem, o próprio nick dele já mostra que gosta do tema lol
Veja, essas partes frases de efeito non-sense carregam muito conceito religioso por trás, mas eu entendo que as pessoas não levam em consideração pra entender o plot porque normalmente é assim:
-Vilão diz sua filosofia/diz que vai transcender/etc-
-Protagonista diz: Você está louco/Você fala demais/Não entendo, mas não importa, vou te parar-
Então inconscientemente ficam com o lado do protagonista que desqualifica o que o vilão diz, aí vão questionar a história, a gente quota o vilão pra exemplificar e até chateados ficam porque o vilão é só um louco... Estranhamente comum.
Nesse caso eu vejo as pessoas aceitarem mais o místico quando o protagonista é mudo, porque ele não interrompe no meio do discurso do vilão com frases simples "só pra participar", mas desqualificando o outro e influenciando a percepção.
Outra coisa que desqualifica é quando a sequência viajada é em um local com fundo abstrato, dentro do mar, com fundo com ondas de energia, em um local do passado, das memórias do protagonista, etc.
As pessoas classificam como sonho e sonho não conta. Mas na grande maioria aquelas conversas estão acontecendo de verdade no plano espiritual e o que acontece alí conta, conversas, mudanças de opinião das partes envolvidas, incluindo aquisição de itens.
DDS2 tem desses momentos.
Exemplo, não lembro do DDS2, mas o texto do link cita Maya, teve um jogo recente que joguei que também usa o conceito dela, você conhece, Ys...
O legal do Ys VIII é que toda sequência da conversa com a deusa Maya acontece no mundo físico do jogo. Se fizessem como Final Fantasy e colocassem em um fundo abstrato ficaria menos legal e mais difícil de aceitar o destino da Dana.
Tem um trecho abstrato no meio da sequência, imagina se toda conversa fosse lá dentro, eles sendo sugados, conversando com Maya e Dana no plano espiritual e depois só acordando perto da árvore. A sensação que nada aconteceu então nada valeu seria muito grande e o final ficaria ruim. Que é a sensação inicial que o final te dá, é a que ficaria. Mas como você vê o resultado no mundo real a Falcom consegue inverter e termina com o sentimento contrário, a jornada foi grandiosa e influenciou o mundo permanentemente, indo além de "meramente" impedir a destruição em mais um jogo.
Mas entendendo que as partes viajadas estão acontecendo de verdade e sem se influenciar por protagonistas impulsivos o leque de aproveitamento de JRPGs aumenta
Sobre o ending do Digital Devil Saga 2 de fato a maioria das pessoas não gostam, eu joguei sabendo dessa opinião e tentei superar. Mas mesmo assim, confesso que só consegui curtir porque tinha assistido o anime "Earth Girl Arjuna" antes e eu fiquei comparando uns trechos durante o final "Oh, me lembra o anime", pode nem ter tanta similaridade, mas a sensação veio e foi legal. Então teve várias influências de fora do jogo na minha experiência.
Quando cheguei no dungeon final o disco/PS2 começou a falhar e ter loadings gigantes no início das batalhas depois de uma hora de sessão de jogatina, foi bem triste jogar assim fazendo pausas.
Quero muito jogar o Digital Devil Saga de novo e ter uma nova visão do 2 e experimentar o dungeon final direito.
O 1 não tive problemas e dependendo do dia eu considero o Digital Devil Saga, o Xenosaga 3 ou Persona 4 como meu favorito do PS2
Em gameplay definitivamente é o DDS pois adoro poder equipar livremente as skills antes de cada Boss e adaptar a estratégia e o jogo está sempre te cobrando uma nova, também sempre me divirto com esse sistema de AP para ganhar skills, tipo Jobs de FF.
E graficão também, né, com todas as cutscenes em CG, lisinhas, o que é ruim pra portar pra HD infelizmente.
E não estou recomendando o Earth Girl Arjuna, eu odiei esse anime, ele é basicamente um sermão naturalista bem radical, condenando antibióticos e coisas do tipo, minha comparação maior foi só com o último episódio também, depois de uma decepção, já estava vacinado de hinduísmo no DDS2
Bem, foi esse minha experiência, um pouco conturbada no 2.